Grande campeão, Antônio Tenório da Silva, comemora sua luta, se preparando para representar São José do Rio Preto através da AD Ateneu Mansor / Colégio Ateneu / Smel no Campeonato Panamericano de Judô para Veteranos em Porto Alegre – RS.
A cada ano, o dia 21 de setembro ganha mais espaço no Brasil. Trata-se do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência e, ano a ano, junto às lutas que tomam sempre novo significado, na medida em que avançamos, também podemos comemorar novas conquistas. O Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. Foi escolhido o dia 21 de setembro pela proximidade com a primavera e o dia da árvore numa representação do nascimento de nossas reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições.
Esta data é comemorada e lembrada todos os anos desde então em todos os estados. “Serve para refletirmos e buscarmos novos caminhos em nossas lutas e também como forma de divulgar nossas ações por inclusão social”, afirma o judoca, tetra-campeão paraolímpico, Antônio Tenório, que é cego e faz palestras por todo o país falando do esporte e de superação. A vida do judoca, que mora em Rio Preto, chegou a virar filme “B1 — Tenório em Pequim”. E ele não descansa. “Estarei em Londres, em 2012, novamente atrás de mais uma medalha”, avisa o campeão, único atleta do mundo a levar quatro medalhas de ouro consecutivas em Paraolimpíada (em 1996, 2000, 2004 e 2008) e um exemplo da vida.
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Aproveite para saber mais um pouco sobre esse Grande Campeão e Judoca Rio-Pretense. Texto publicado na Revista Veja em 08/09/2010
Antônio Tenório da Silva é o único atleta do mundo a levar quatro medalhas de ouro consecutivas em Paraolimpíada (em 1996, 2000, 2004 e 2008). Cego desde a adolescência, esse paulista nascido em São Bernardo do Campo já foi tema do documentário 'B1 — Tenório em Pequim',
Como a deficiência visual mudou sua vida?
Eu era muito bagunceiro e, segundo meu pai, a única solução para me pôr na linha foi me fazer praticar artes marciais. Comecei no judô aos 7 anos. Aos 13, perdi a visão de um olho por causa de uma brincadeira com mamona. Aos 19 anos, tive infecção e deslocamento de retina no outro olho. Já era pai de duas crianças e precisei me recuperar muito rápido para poder sustentar minha família. Nem tive muito tempo de pensar na minha cegueira. Queria seguir a carreira militar, mas abri mão.
Por que pouco se fala em Jogos Paraolímpicos no Brasil?
Por preconceito ou falta de conscientização, acredito numa desinformação generalizada. Se a mídia fala em Olimpíada, precisaria tratar da Paraolimpíada. O canal pago Sportv é o único que transmite os Jogos Paraolímpicos. Pretendemos ampliar o foco com o documentário. O legado que 'B1 — Tenório em Pequim' vai deixar para os esportes paraolímpicos é grandioso. Queremos alcançar 15 milhões de deficientes físicos, visuais e mentais que desconhecem esse tipo de prática esportiva no Brasil.
Qual foi sua impressão ao ouvir o filme no cinema?
Os diretores Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura pensaram em todos os detalhes. Mesmo eu não enxergando, eles se perguntavam como eu poderia me “ver” numa tela de cinema. Quando ouço o documentário, sei exatamente onde estava e por onde passei. Eu me transporto para o passado e posso me ver em cima do tatame, vejo o choro dos atletas, meu treinamento na França, minha chegada à Vila Olímpica de Pequim... Identifico os lugares pelo som. O trabalho de áudio foi muito bem arquitetado.
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